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União entre produtos químico e biológico gera tecnologia inédita para o cultivo da cana-de-açúcar

Muneo® BioKit, da BASF, apresenta novo conceito de solução integrada que controla importantes pragas e doenças do cultivo e promove o desenvolvimento da planta

Luciana Paiva e Leonardo Ruiz
Sim, é possível a fusão da química e da biologia para a obtenção de soluções para a formação de canaviais com excelência. É o que prova o Muneo® BioKit, uma novidade da BASF que une produtos químico e biológico em tecnologia inédita para o cultivo da cana-de-açúcar. A parte química é composta pelo Muneo®, produto com ação inseticida e fungicida. O produto biológico é o Aprinza, inoculante que atua como promotor de crescimento de raízes e parte aérea, além de contribuir com uma maior absorção de nutrientes.
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O Aprinza é resultado da parceria da BASF com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com o apoio da Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

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“ O Muneo® BioKit  proporciona aumento de produtividade de até 18%, com melhora no crescimento e no desenvolvimento da cana-de-açúcar. A solução pode ser usada em todas as variedades cultivadas no país. A tecnologia foi testada em campo por mais de cinco anos.  Permite a cana expressar o máximo potencial produtivo, acelerando o desenvolvimento do canavial e matendo alta produtividade por muito mais cortes", diz André Luís Mattiello, Gerente Desenvolvimento Técnico Cana & Café da BASF.

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“A inovação possui performance sem precedentes no mercado, otimiza o potencial produtivo da cana-de-açúcar, auxilia no desenvolvimento do sistema radicular, aumenta a absorção de nutrientes com maior crescimento e resistência, contribuindo assim com um manejo mais sustentável”
 
Dra. Verônica Massena Reis, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia
Dra. Verônica e profissionais da BASF durante lançamento do Muneo® BioKit - João Paulo Guimarães, Marketing para cana, café, citrus e amendoim para a América Latina, Leandro Pessente, André Mattiello e Manoela Lima, Gerente de Novos Modelos de Negócios

Veja comparativos de 40 e 60 dias com o uso de Muneo BioKit

Além de promover o crescimento da planta, o Muneo® BioKit também é eficiente no controle de importantes pragas e doenças. Destaque para as doenças podridão abacaxi (Ceratocystis paradoxa) e podridão vermelha (Colletotrichum falcatum), além de pragas como o gorgulho (Sphenophorus levis) e cupins (Heterotermes tenuis). A solução apresenta efeito supressor em pragas como a broca-da-cana (Diatraea saccharalis) que podem comprometer os canaviais caso o manejo não seja feito corretamente.

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“O Muneo® BioKit traz ganhos operacionais ao plantio da cana, devido a sua fácil aplicação que otimiza o manejo no plantio e leva mais segurança ao agricultor. A solução também oferece um excelente controle das principais pragas e doenças que promovem danos à cana-de-açúcar, pois integra manejo químico com biológico, potencializando os resultados nos canaviais”, explica o gerente de marketing de cana-de-açúcar da BASF, Leandro Pessente.

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“O setor sucroenergético é um dos mais importantes para a economia brasileira. A BASF sabe dos desafios enfrentados pela cadeia produtiva da cana-de-açúcar e por isso investe em soluções inovadoras que proporcionam produtividade e qualidade. O lançamento do Muneo® BioKit reafirma o nosso compromisso com a longevidade dos canaviais e contribui para o legado do agricultor”, afirma o diretor de Marketing da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF no Brasil, Marcelo Batistela.

Benefícios do Muneo® BioKit

A sinergia entre Muneo® e Aprinza potencializa os resultados obtidos com o Muneo® BioKit. A união entre químico e biológico promove uma série de benefícios nos canaviais. Os principais são:

1.

Aumento de produtividade de até 18%

2.

Melhor enraizamento e desenvolvimento da planta com mais vigor

3.

Manejo racional de nematóides

4.

Ganhos operacionais com a utilzação de dois produtos diretamente no sulco de plantio, no momento da cobrição

5.

Maior sustentabilidade, por utilizar produto biológico inédito no mercado

6.

Canavial com maior longevidade, aumentando a vida útil da plantação e consequentemente a rentabilidade do cultivo

7.

Controle das principais pragas e doenças da cultura

8.

Aumento da absorção de nutrientes

BASF faz história ao lançar o Aprinza, inoculante microbiológico composto por bactérias fixadoras biológicas de nitrogênio

Da coleção de bactérias diazotróficas selecionadas pela Embrapa Agrobiologia e testadas em casas de vegetação e no campo – com aplicação em cana planta e soca -, a espécie Nitrospirillum amazonense se mostra como uma das mais promissoras. A pesquisadora Verônica afirma que a bactéria em questão é extremamente benéfica para a cana-de-açúcar, com efeitos indutores de crescimento, fixadores biológicos de nitrogênio e produtores de auxinas e sideróforos.

Tabela Efeitos Bacteria (002).jpg

“Essa bactéria usa o açúcar da cana com fonte de carbono para se multiplicar nos tecidos. Por conta disso, é uma excelente fixadora de nitrogênio para essa cultura, possuindo, ademais, efeitos antagonistas sobre algumas doenças, como Fusarium moniliforme, Thielaviopsis sp. e Ceratosystis sp..”

 

Foi com base neste potencial que a Embrapa Agrobiologia e a BASF firmaram uma parceria de pesquisa e chegaram ao Aprinza um inoculante microbiológico composto pela bactéria diazotrófica Nitrospirillum amazonense. Foram oito anos de desenvolvimento e seu lançamento se deu no final deste mês de novembro.

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Daniel Medeiros: “Com o Aprinza, a cana alcançará um desenvolvimento do sistema radicular mais robusto e aumentará sua capacidade de absorção de nutrientes”

“A BASF trabalhou por muitos anos para desenvolver um produto capaz de atender às exigências internas e externas do setor. Com esse composto, esperamos que a cana consiga um desenvolvimento do sistema radicular mais robusto e aumente sua capacidade de absorção de nutrientes. No final, tudo isso se traduzirá em grandes ganhos de produtividade”, relata o engenheiro agrônomo de desenvolvimento de mercado da BASF, Daniel Medeiros.

 

Além da fixação biológica de nitrogênio, existem outros benefícios exercidos pelo Aprinza. Em função de sua capacidade de produzir e induzir a produção de fito hormônios, há maior desenvolvimento do sistema radicular; aumento da absorção de nutrientes; maior crescimento e resistência; e tolerância as condições edafoclimáticas distintas.

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Muneo® BioKit é a mais nova aposta da BASF para o manejo de pragas, doenças e nematóides em cana

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Daniel Medeiros explica que a tecnologia alia – de forma extremamente sinérgica – os benefícios da linha AgCelence ao Aprinza, inoculante microbiano desenvolvido para a cana-de-açúcar. “As estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio que compõe o inoculante bacteriano são compatíveis com o fungicida F500, podendo ser aplicadas em operação única no campo.”
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Os benefícios desse sinergismo vão desde maior fixação e aproveitamento de nitrogênio, aceleração na brotação, ganhos de biomassa seca, além, é claro, de um excelente controle das principais pragas (S.levis, cupins, Migdolus, saúvas, cigarrinha-das-raízes e broca), doenças (podridão abacaxi e Colletotrichum) e nematóides da cana-de-açúcar. “O inseticida Muneo promoverá uma ação de knock down e residual para o controle de pragas, associado a proteção contra fungos e supressão de nematóides promovidos pelo F500. Já o Aprinza irá fixar nitrogênio e garantir maior teor de hormônios.”
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A descoberta do poder das bactérias fixadoras de nitrogênio

A pesquisa que revolucionou a agricultura

Entre 1963 e 1969, quando poucos cientistas acreditavam que a fixação biológica de nitrogênio (FBN) poderia competir com fertilizantes minerais, Johanna Döbereiner iniciou um programa de pesquisas sobre os aspectos limitantes do processo em leguminosas tropicais. O programa brasileiro de melhoramento da soja - iniciado em 1964 - foi influenciado pelos trabalhos da agrônoma, tendo representado, na época, uma quebra de paradigmas.

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Enquanto os Estados Unidos – maiores produtores mundiais da leguminosa – elaboravam uma tecnologia de produção apoiada no uso intensivo de adubos nitrogenados, o Brasil ia na contramão. Inseria nas sementes de soja a bactéria Rhizobium, que atua como uma espécie de adubo natural. Ao germinar, o grão produz nódulos nas raízes que funcionam como mecanismos para a extração de nitrogênio do ar, elemento fundamental para o crescimento das plantas.

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Johanna Döbereiner revolucionou a agricultura mundial com sua linha de pesquisa sobre bactérias fixadoras de nitrogênio
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O fato de as pastagens nativas, abundantes em várias regiões do país, estarem sempre verdes aguçou a curiosidade de Johanna Döbereiner

A fixação do elemento químico através da bactéria tornou o cultivo mais barato e natural, já que o processo substituiu o uso de fertilizantes nitrogenados, o que representou uma economia anual de mais de US$ 2 bilhões para o Brasil. Foi assim que os produtores locais de soja puderam ver seus custos de produção diminuídos. Foi assim que a soja brasileira conseguiu competir com sucesso no mercado internacional. Posteriormente, a pesquisa se estendeu também a plantas não leguminosas. Os melhores resultados ocorreram com algumas espécies de cana-de-açúcar.

A Embrapa Agrobiologia conta, atualmente, com uma extensa coleção de bactérias fixadoras de nitrogênio, tendo dado continuidade ao trabalho de vida da agrônoma Johanna Döbereiner. Uma de suas discípulas, a pesquisadora Veronica Massena Reis, é uma das responsáveis pela linha de pesquisa de FBN em plantas não leguminosas. A pesquisadora desenvolve uma parceria com a BASF na área de pesquisa há 27 anos. O Aprinza  é um dos frutos dessa parceria e vai incrementar os canaviais.

"Por que as pastagens nativas, abundantes em várias regiões do país, permaneciam sempre verdes, sem que ninguém nunca as adubasse com fertilizantes nitrogenados? Como foi possível, da mesma forma, cultivar a cana-de-açúcar no Brasil sem adubação no decorrer de vários séculos?"

 

Essas foram duas das perguntas que levaram a pesquisadora Johanna Döbereiner a insistir nos estudos sobre Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). Uma pesquisa que revolucionou a agricultura mundial e abriu os campos para a produção de soja no Brasil.  Mais tarde, sua linha de pesquisa passou a abranger, também, plantas não leguminosas, entre elas, a cana-de-açúcar, uma das culturas mais beneficiadas pela FBN. 

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Nascida na antiga Tchecoslováquia, em 1924, e naturalizada brasileira em 1956, Johanna é considerada, até os dias de hoje, como uma das maiores cientistas brasileiras, tendo, inclusive, sido indicada para o Prêmio Nobel de Química em 1997.

Especial CanaOnline "Muneo BioKit" - Texto: Luciana Paiva e Leonardo Ruiz - Todos os direitos reservados - © 12/2018

 

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